O termo “Danças Circulares” não me soava familiar, até que uma amiga me convidou para participar de uma celebração vivenciada através de danças circulares, e lá fui eu...
As danças circulares na verdade não têm nada de novo, elas já faziam parte do cotidiano de povos antigos como os celtas, os índios, e representavam a união de pessoas com o propósito de integração e celebração. Aqueles povos celebravam a chegada da primavera, o plantio, a colheita, o nascimento, o casamento... Dançavam em rodas, de mãos dadas celebrando a boa sorte, agradecendo as bem aventuranças. Fala-se que desde a década de 80, as danças circulares passaram a ser incorporadas aqui no Brasil como forma de terapia, e o porque disso? Com a modernidade as pessoas tenderam ao individualismo, a virtualidade começou a ganhar cada vez mais o espaço do contato físico humano e as conseqüências de tudo isso se tornaram bem visíveis ( solidão, depressão, dificuldade de relacionamento, etc. ). Além dos vários benefícios, terapeutas acreditam que as danças circulares exercitam a aceitação das diferenças, limites, falhas e dificuldades de si mesmo e dos outros; Ajuda na auto-expressão; Fortalece de forma natural o senso comunitário e a conexão com a nossa essência.
A minha experiência em participar durante 1 hora desta celebração oferecida por uma casa de IÔGA de Salvador foi enriquecedora. No ritmo de sons que faziam menção aos elementos da natureza, além de cantigas de estrofes simples e alegres eu observava aquelas tantas pessoas dançando de mãos dadas numa roda, celebrando a vida. Eram pessoas de várias idades, de ambos os sexos, de semblantes curiosos, que se juntavam e experienciavam de alguma forma o resgate da essência humana perdida entre as atribulações do dia-a-dia. Pessoas desconhecidas que se reuniam naquele momento com o propósito único de integração e alegria . Durante a dança, na roda, éramos orientados a vivenciarmos os sons, a prestarmos atenção aos nossos sentidos, a nos desligarmos do passado e vivermos o aqui e agora de forma plena,porém juntos, num mesmo ritmo e de mãos dadas.
Essa minha experiência pode parecer estranha para alguns. Mas, o que posso dizer é que cada vez mais tenho me permitido viver momentos diferentes como este. Estamos sempre buscamos coisas grandiosas, experiências fabulosas, porém, acredito que se estivermos abertos para as várias possibilidades que a vida nos apresenta, podemos ter grandes surpresas !
Ótimo texto! Deu para sentir a experiência mesmo sem vivenciá-la, e, fomentou também a vontade de participar. Deve ser gostoso, né? Acho que me remeterá a infância, as típicas brincadeiras de rodas que nos alimentavam de alegrias e eram certeza de muitos sorrisos!
ResponderExcluir