domingo, 15 de julho de 2012


De onde vem a Festa Junina?
A Festa Joanina - de São João ou Festa Junina, como passou  a ser chamada no Brasil - por ser celebrada no mês de junho-  é uma herança europeia de festejos  para celebração da chegada do verão. No Nordeste do Brasil, a festa junina é uma tradição festiva que se mantém ano após ano e, seguindo a tradição portuguesa, foi incorporada no nosso calendário como forma de agradecer a São João e a São Pedro pelas chuvas nas lavouras e colheitas. Junho é uma época propícia à colheita de milho, por isso que comidas típicas como: canjica, pamonha, mingau de milho, bolo de milho, entre outros, sempre fizeram parte da culinária festiva.
Três santos católicos são homenageados pela igreja Católica no mês de junho e  celebrados nas festas juninas, são eles: Santo Antônio- o santo casamenteiro;  São João- o Santo protetor dos casados e enfermos, e São Pedro- o Santo protetor dos pescadores e das viúvas.
Muitas religiões do mundo consideram especiais as pessoas que levam uma vida de virtude quase perfeita, a Igreja Católica as denomina de Santas. São João Batista, assim como Santo Antônio e São Pedro foram considerados Santos pelo catolicismo. São João foi um dos Apóstolos de Jesus e considerado um profeta do século I;  O ritual de batismo se consagrou através dele. Falando sobre São João, reza a lenda que a sua mãe quando estava grávida, havia combinado com uma prima que quando desse a luz, ela acenderia uma fogueira num monte   para enviar um sinal de fumaça indicando sobre o nascimento de João. Naquela época não havia telefone, não existia meios de transporte e as pessoas moravam distantes umas das outras.  No dia 24 de junho nasceu João, filho de Isabel e sobrinho de Maria (mãe de Jesus!) e como combinado, a sua mãe acendeu um fogueira num monte para avisar sobre o seu nascimento.
Rituais dos festejos juninos:
Os balões lançados no período das festas juninas simbolizavam um aviso de início dos festejos para a comunidade. Já os fogos de artifício, eram utilizados como forma de “despertar” São João.
A fogueira, além de trazer a simbolismo do sinal dado pelo nascimento de São João, também já era um legado das culturas Greco romana e Celta que praticavam cerimônias em volta de fogueiras para agradecer aos Deuses pelas boas colheitas.
A Dança também fazia parte da celebração de agradecimento pela colheita. Na festa Junina brasileira, entretanto, a dança típica incorporada foi a “Quadrilha”, que teve  forte influência da cultura francesa - com coreografias , passos e marcações inspirados na nobreza europeia - Inclusive, palavras proferidas nas apresentações das Quadrilhas como: Anarriê, ampassã, tour , etc. são também de origem francesa.
As imagens dos três santos homenageados no mês de junho eram pregadas em bandeira coloridas e imersas em água num ritual de “lavagem” dos santos e purificação das pessoas  durante as missas e romarias. Posteriormente, essas bandeiras com imagem dos santos foram substituídas por bandeirolas coloridas, mantendo o significado de purificação e utilizadas como decoração do “arraial” (local da festa junina).
As roupas caipiras da Festa Junina fazem referência ao povo campestre.
O Casamento na roça faz menção ao Santo Casamenteiro, Santo Antônio, um dos santos homenageados no mês de junho.
A música típica da festa junina, o forró, teve forte influência de instrumentos como a sanfona e o triângulo, herdados da música popular folclórica portuguesa.
No nordeste do Brasil alguns locais cultivam ainda a tradição junina dos ”festeiros” saírem andando em grupos, visitando as casas da vizinhança (onde sejam bem recebidos), levando alegria. Os donos das casas, em contrapartida, mantêm uma mesa farta de bebidas e comidas típicas para servir os grupos. Esse era um costume que visava integração entre as pessoas da comunidade. Nos dias de hoje, as pessoas se reúnem nas praças ao redor de palcos onde celebram a festa junina ao som do forró, estilo que tradicionalmente prevalece.


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